Rian Daniel tem 13 anos de idade e compete pela academia Tapajós Fight.
Desde o início, tem se dedicado bastante aos treinos. Sua rotina diária é bem intensa. Rian acorda às 5:00 e vai para o colégio. De lá, vai direto para a academia. Passa rápido na sua casa para almoçar e às 13:00 já está de volta no tatame, onde fica até às 21:00.
O resultado deste empenho tem surgido em forma de títulos de
grande importância para o Jiu-Jitsu de Santarém e do Brasil. Além de 14 títulos
disputados dentro e fora do Pará, sendo 14 ouros e 1 prata, Rian consagrou-se
Campeão Mundial de Jiu-Jitsu pela Federação Internacional.
Confira a entrevista com Rian:
- Como você começou no jiu-jitsu e o que te motivou a continuar?
Conheci o Jiu-Jitsu através do meu irmão mais velho, ele me matriculou na academia quando eu estava passando por sérios problemas psicológicos e tive isso como uma válvula de escape.
- Qual foi o momento mais desafiador da sua trajetória até agora?
Foi quando ingressei no time de competidores da academia, pois tive que renunciar muitas coisas e costumes para acompanhar o ritmo de treino passado pelo mestre.
- Quem são as pessoas que mais te inspiram dentro e fora do tatame?
Além do meu mestre Edmilson Cardoso, conhecido como Fofuxo, tenho muito apoio da minha família e amigos, todos eles me incentivaram e me ajudam muito.
- Como é a sua rotina de treinos e preparação para competições?
Eu acordo às 05:00 da manhã pra ir pro colégio, saio às 12:00 e vou direto pra academia fazer meu primeiro treino do dia. 13:00 vou em casa almoçar e retorno às 14:00, geralmente depois desse horário fico na academia até as 21:00 quando finalizo meu último treino, e finalmente volto pra casa para descansar.
- Qual foi a sensação de conquistar o título de campeão?
Foi incrível! Quando caiu a ficha de que eu era campeão mundial, me veio à memória todos os desafios que passei junto com os demais colegas do meu time para chegarmos até lá e ver que tudo valeu a pena.
- Você tem algum ritual ou hábito antes de uma luta importante?
Eu sempre faço uma oração antes de qualquer luta, sempre que posso, me ajoelho antes de me chamaram para a posição de luta.
- Como você lida com a pressão e as expectativas durante as competições?
Nas minhas primeiras competições isso era algo que atrapalhava muito, inclusive meu primeiro mundial que disputei tive crises de nervosismo, o que influenciou muito no meu desempenho na luta, mas hoje eu já aprendi a lhe dar com isso e já me sinto muito mais confiante e tranquilo.
- Qual foi a luta mais marcante da sua carreira e por quê?
Foi esse último mundial, o qual eu ganhei. Pra chegar lá foi muito desafiador, tivemos que vender brigadeiros no sinal por diversos dias, não tivemos apoio de patrocinadores o suficiente, então tivemos que dar o nosso próprio jeito. Mas graças a Deus conseguimos. Outro ponto que fez essa luta ficar marcada foi a final, pois na semifinal eu machuquei minha lombar e isso quase me fez ser desclassificado, porém resolvi lutar a final mesmo assim, dei meu melhor, esqueci a dor e venci.
- O que você diria para jovens que estão começando no jiu-jitsu agora?
Treinem, se entreguem ao tatame, como meu mestre sempre diz “lutem até os cordeiros virarem lobos”.
- Quais são seus planos e sonhos para o futuro no esporte?
Meu sonho é chegar nos campeonatos árabes de Abu Dhabi. Quero estar entre os melhores. Vou treinar muito e não desisto enquanto eu chegar lá. Não é fácil, nem um pouco, mas eu vou conseguir chegar lá.
Rian e sua equipe de competidores ainda têm mais um grande desafio: garantir fundos para ajudar nas despesas das viagens que custam muito caro. Para isso, eles vendem brigadeiros no sinal da Avenida Cuiabá e na orla de Santarém.
Rian está em busca de parcerias e patrocinadores para que ele possa continuar representando Santarém, o Pará e o Brasil, trazendo títulos importantes e sendo um grande exemplo para que outros jovens possam se interessar pelo Jiu-Jitsu.
O Blog do Acari parabeniza o atleta Rian Daniel pelo seu empenho e por suas vitórias, além de ser um grande incentivador para o esporte em Santarém e no Brasil.