WLADIMIR COSTA SERÁ JULGADO NO STF POR DESVIO DE VERBA PÚBLICA

Ex-deputado acumula histórico de condenações e polêmicas enquanto aguarda novo julgamento no Supremo

Wladimir Costa, ex-deputado federal, enfrentará um julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF) sob acusação de desvio de recursos públicos. O caso, movido pela Procuradoria-Geral da República (PGR) em 2017, alega que Costa desviou R$ 230 mil originalmente destinados a projetos esportivos no Pará — crime conhecido como peculato.

Sua trajetória política, marcada por quatro mandatos, sempre foi mais notável pelas excentricidades do que por contribuições legislativas. Entre episódios emblemáticos, destacam-se a exibição de uma tatuagem falsa homenageando o ex-presidente Michel Temer em 2017 e uma extensa ficha criminal que inclui:

  • Condenações por difamação majorada, extorsão, violência política de gênero e violência psicológica contra mulheres;
  • Uma pena de 12 anos de prisão (2024) por perseguição e agressões verbais contra a deputada Renilce Nicodemos;
  • Cassação do mandato pelo Tribunal Regional Eleitoral do Pará (TRE-PA) em 2016, devido à omissão de R$ 410 mil em gastos de campanha (caixa dois).

Atualmente, Costa cumpre regime prisional fechado. Após breve período em prisão domiciliar com tornozeleira eletrônica e restrição a redes sociais (2024-2025), retornou ao sistema carcerário comum em maio de 2025. A decisão, baseada na capacidade do sistema em fornecer tratamento médico adequado, foi tomada pela Justiça Eleitoral paraense.

O julgamento no STF foi viabilizado por uma mudança no entendimento do foro privilegiado. Originalmente enviado à Justiça Federal do Pará em 2019, o caso retornou ao Supremo em maio de 2025, com a ministra Cármen Lúcia reafirmando a competência da Corte. Enquanto aguarda o desfecho desse processo — o mais recente em instância máxima —, o foco permanece na extensa lista de ações judiciais pendentes contra o ex-parlamentar.