Mostrando postagens com marcador Saneamento Básico. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador Saneamento Básico. Mostrar todas as postagens

NÉLIO AGUIAR DESTACA AVANÇO HISTÓRICO COM CONCESSÃO DO SANEAMENTO EM SANTARÉM

O Secretário Regional de Governo do Baixo Amazonas e ex-Prefeito de Santarém, Nélio Aguiar, avaliou como “um marco histórico” o resultado do leilão realizado nesta terça-feira (5), na B3 – Bolsa de Valores, que concedeu à iniciativa privada os serviços de abastecimento de água e esgotamento sanitário do chamado Bloco C, que engloba Santarém, Altamira e outros 25 municípios das regiões do Sudoeste e Baixo Amazonas.

A empresa vencedora do certame, a Aegea Saneamento, assume a concessão plena dos serviços, com previsão de investimentos de R$ 3,6 bilhões ao longo dos próximos anos, após o pagamento de um valor inicial de R$ 400 milhões. A modelagem do projeto foi desenvolvida em parceria com o BNDES e visa cumprir as metas estabelecidas no novo Marco Legal do Saneamento (Lei 14.026/2020).

Nélio afirmou que a concessão é fruto de um esforço coletivo iniciado ainda em 2017, quando, na condição de prefeito, buscou viabilizar uma alternativa à ineficiência da atual operadora, a Cosanpa, cuja atuação foi marcada por metas descumpridas, judicializações e ausência de investimentos consistentes.

“Chegamos a iniciar esse processo de forma municipal, mas não avançamos por conta do contrato com a Cosanpa e entraves judiciais. O governador Helder Barbalho tentou investir mais, mas também não teve o resultado esperado. Agora, com a concessão, os investimentos são obrigatórios e a empresa tem metas claras para cumprir”, explicou Nélio.

Ele ressaltou que, além de resolver o problema da falta d’água, a concessão traz uma resposta para uma chaga histórica da cidade: a ausência de coleta e tratamento de esgoto, que danifica ruas entre outros prejuízos.

Pelas regras do contrato, a nova concessionária deverá garantir 100% de acesso à água tratada até 2033, e 100% de cobertura de coleta e tratamento de esgoto até 2039.

“Esse modelo combina o melhor do público com a eficiência do privado. E o Pará foi além: incluiu no projeto a tarifa social, garantindo 50% de desconto para famílias de baixa renda com consumo de até 15 mil litros de água por mês”, destacou Nélio.

Nélio critica a histórica desigualdade nos investimentos federais em saneamento, que priorizaram as regiões Sul e Sudeste em detrimento da Amazônia. “Você vai ao interior de São Paulo ou de Minas e encontra saneamento básico. Aqui, vivemos ainda com fossas rasas e esgoto correndo nas ruas. Isso precisa mudar – e está começando a mudar com essa nova modelagem.”

Nélio Aguiar vê na concessão um passo estratégico rumo ao desenvolvimento sustentável da região. “Santarém é uma cidade turística, importante, não pode continuar convivendo com a falta d’água e esgoto a céu aberto. Essa medida faz parte do compromisso do governador com a universalização dos serviços e com o bem-estar da população. E eu continuo nesse mesmo caminho: defendendo soluções estruturantes, com responsabilidade social e compromisso com a qualidade de vida de nossa população”, finalizou.

ÁGUA SERVIDA NAS RUAS ATRAPALHA E PODE GERAR MULTAS

O descarte inadequado de água servida (esgoto doméstico ou comercial) em vias públicas é mais do que um problema de higiene é crime ambiental com consequências graves para toda a sociedade. Entenda por que essa prática é tão prejudicial e como adotar soluções responsáveis.

Águas paradas tornam-se criadouros de mosquitos transmissores de dengue, zika e chikungunya, além de atrair ratos e outros vetores de doenças. O mau cheiro e a contaminação do solo comprometem diretamente a qualidade de vida da população.

Resíduos químicos corroem o asfalto, enquanto o excesso de água acelera processos erosivos. Em Palmas/TO, por exemplo, estudos comprovam que 40% dos danos ao pavimento urbano relacionam-se a esse tipo de descarte. 

Confira as orientações da Prefeitura:






Informações: Prefeitura de Santarém.

FAMEP DEBATE MODELO DE CONCESSÃO PARA SANEAMENTO NO PARÁ

 

A Federação das Associações dos Municípios do Estado do Pará (FAMEP) reuniu-se nesta quarta-feira, 2 de julho, com seu conselho diretor, associações regionais, consórcios e prefeitos de diversas regiões do estado. O objetivo central foi analisar os impactos do novo modelo de concessão dos serviços de saneamento básico, recentemente implementado pelo Governo do Pará.

O projeto de concessão prevê investimentos privados de R$ 20 bilhões, com metas ambiciosas: universalizar o abastecimento de água até 2033 e atingir 90% de cobertura de esgotamento sanitário até 2039. O modelo assegura que o Estado mantenha a propriedade dos sistemas de água e esgoto, enquanto transfere à iniciativa privada — no caso, a empresa Aegea, vencedora da licitação — a responsabilidade pela operação, manutenção e investimentos no setor por um período determinado.

Durante o encontro, o presidente da FAMEP, Nélio Aguiar, reforçou o compromisso da entidade em acompanhar a transição e defender os interesses municipais. "Nossa missão é garantir que a universalização do saneamento avance, respeitando as particularidades de cada município e oferecendo serviços de qualidade à população", destacou.

A reunião evidenciou a preocupação em equilibrar os avanços na infraestrutura com as necessidades locais, marcando o início de um diálogo estratégico entre gestores públicos e a nova operadora do sistema.


Fonte: FAMEP-PA

DESAFIOS NO SANEAMENTO BÁSICO DE SANTARÉM

Há alguns anos, a cidade vem assumindo posição desconfortável, em relação aos atendimentos básicos de saneamento. O problema tem sido amplamente discutido para descobrir a melhor forma de oferecer os serviços para a população, mas Santarém ainda precisa melhorar.

De acordo com o Ranking do Saneamento 2024, estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com GO Associados, Santarém está entre as piores cidades em diversos aspectos. O estudo considerou 100 cidades com mais de 300 mil habitantes.

Fizemos um resumo para mostrar como se encontra o atendimento de saneamento básico:

Atendimento Total de Água: Santarém fica na 98ª posição, estando na frente apenas de Ananindeua (99ª) e Porto Velho (100ª);

Atendimento Total de Esgoto: 100ª posição, com 3,81% de atendimento na coleta de esgoto;

Tratamento Total de Esgoto: Na 97ª Posição, Santarém tem 9,13% de atendimento, ficando na frente de Belém (98ª);

Ainda, em relação aos investimentos na área, Santarém também fica na última posição do Ranking.

Estas informações devem servir de base para que os representantes políticos de Santarém, Prefeito e Vereadores, possam elaborar projetos, com o objetivo de mudar a situação do Saneamento Básico da cidade.

A parceria com Governo do Estado é fundamental para as melhorias, assim como buscar investimentos com Deputados Estaduais e Federais que representam a Região Oeste do Estado.

Melhorar o saneamento básico em cidades com desafios significativos, como algumas das piores do Brasil, requer uma abordagem multifacetada. Aqui estão algumas sugestões:

1. Investimento em Infraestrutura

Ampliação da Rede de Esgoto: Construir e expandir redes de esgoto para alcançar áreas não atendidas;

Tratamento de Esgotos: Investir em estações de tratamento de esgoto para garantir que os efluentes sejam tratados adequadamente antes de serem descartados.

2. Educação e Conscientização

Campanhas de Sensibilização: Promover campanhas educativas sobre a importância do saneamento e do uso consciente da água;

Programas de Capacitação: Treinar a população local em práticas de higiene e saneamento.

3. Parcerias Público-Privadas

Concessões: Estabelecer parcerias com empresas privadas para a gestão de serviços de saneamento, garantindo eficiência e investimentos.

4. Tecnologia e Inovação

Sistemas de Monitoramento: Implementar tecnologias para monitorar a qualidade da água e o funcionamento das redes de esgoto;

Tratamento descentralizado: Utilizar sistemas de tratamento de esgoto descentralizados em áreas onde a infraestrutura tradicional é inviável.

5. Gestão Sustentável da Água

Reuso de Água: Implementar sistemas de reuso de água tratada para irrigação e usos industriais;

Captação de Água da Chuva: Incentivar a instalação de sistemas de captação de água da chuva em residências e prédios públicos.

6. Legislação e Políticas Públicas

Regulamentação Rigorosa: Criar e aplicar leis que garantam a qualidade do saneamento e punam práticas inadequadas;

Planejamento Urbanístico: Integrar o planejamento do saneamento básico ao desenvolvimento urbano.

7. Financiamento e Recursos

Atração de Investimentos: Buscar financiamentos de organismos internacionais e do governo federal para projetos de saneamento;

Orçamento Participativo: Incluir a população no processo de decisão sobre onde alocar recursos para saneamento.

8. Monitoramento e Avaliação

Indicadores de Saneamento: Estabelecer indicadores claros para medir a eficácia das ações implementadas;

Relatórios de Progresso: Publicar relatórios periódicos sobre o estado do saneamento na cidade, promovendo transparência.

Implementar essas ações pode não apenas melhorar o saneamento básico, mas também contribuir para a saúde pública, a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável da cidade.


Fonte: Instituto Trata brasil.

Confira o estudo completo no link: https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2024/