DESAFIOS NO SANEAMENTO BÁSICO DE SANTARÉM

Há alguns anos, a cidade vem assumindo posição desconfortável, em relação aos atendimentos básicos de saneamento. O problema tem sido amplamente discutido para descobrir a melhor forma de oferecer os serviços para a população, mas Santarém ainda precisa melhorar.

De acordo com o Ranking do Saneamento 2024, estudo do Instituto Trata Brasil em parceria com GO Associados, Santarém está entre as piores cidades em diversos aspectos. O estudo considerou 100 cidades com mais de 300 mil habitantes.

Fizemos um resumo para mostrar como se encontra o atendimento de saneamento básico:

Atendimento Total de Água: Santarém fica na 98ª posição, estando na frente apenas de Ananindeua (99ª) e Porto Velho (100ª);

Atendimento Total de Esgoto: 100ª posição, com 3,81% de atendimento na coleta de esgoto;

Tratamento Total de Esgoto: Na 97ª Posição, Santarém tem 9,13% de atendimento, ficando na frente de Belém (98ª);

Ainda, em relação aos investimentos na área, Santarém também fica na última posição do Ranking.

Estas informações devem servir de base para que os representantes políticos de Santarém, Prefeito e Vereadores, possam elaborar projetos, com o objetivo de mudar a situação do Saneamento Básico da cidade.

A parceria com Governo do Estado é fundamental para as melhorias, assim como buscar investimentos com Deputados Estaduais e Federais que representam a Região Oeste do Estado.

Melhorar o saneamento básico em cidades com desafios significativos, como algumas das piores do Brasil, requer uma abordagem multifacetada. Aqui estão algumas sugestões:

1. Investimento em Infraestrutura

Ampliação da Rede de Esgoto: Construir e expandir redes de esgoto para alcançar áreas não atendidas;

Tratamento de Esgotos: Investir em estações de tratamento de esgoto para garantir que os efluentes sejam tratados adequadamente antes de serem descartados.

2. Educação e Conscientização

Campanhas de Sensibilização: Promover campanhas educativas sobre a importância do saneamento e do uso consciente da água;

Programas de Capacitação: Treinar a população local em práticas de higiene e saneamento.

3. Parcerias Público-Privadas

Concessões: Estabelecer parcerias com empresas privadas para a gestão de serviços de saneamento, garantindo eficiência e investimentos.

4. Tecnologia e Inovação

Sistemas de Monitoramento: Implementar tecnologias para monitorar a qualidade da água e o funcionamento das redes de esgoto;

Tratamento descentralizado: Utilizar sistemas de tratamento de esgoto descentralizados em áreas onde a infraestrutura tradicional é inviável.

5. Gestão Sustentável da Água

Reuso de Água: Implementar sistemas de reuso de água tratada para irrigação e usos industriais;

Captação de Água da Chuva: Incentivar a instalação de sistemas de captação de água da chuva em residências e prédios públicos.

6. Legislação e Políticas Públicas

Regulamentação Rigorosa: Criar e aplicar leis que garantam a qualidade do saneamento e punam práticas inadequadas;

Planejamento Urbanístico: Integrar o planejamento do saneamento básico ao desenvolvimento urbano.

7. Financiamento e Recursos

Atração de Investimentos: Buscar financiamentos de organismos internacionais e do governo federal para projetos de saneamento;

Orçamento Participativo: Incluir a população no processo de decisão sobre onde alocar recursos para saneamento.

8. Monitoramento e Avaliação

Indicadores de Saneamento: Estabelecer indicadores claros para medir a eficácia das ações implementadas;

Relatórios de Progresso: Publicar relatórios periódicos sobre o estado do saneamento na cidade, promovendo transparência.

Implementar essas ações pode não apenas melhorar o saneamento básico, mas também contribuir para a saúde pública, a qualidade de vida e o desenvolvimento sustentável da cidade.


Fonte: Instituto Trata brasil.

Confira o estudo completo no link: https://tratabrasil.org.br/ranking-do-saneamento-2024/