O Hospital Municipal Dr. Alberto Tolentino Sotelo (HMS) deu um passo significativo na segurança de pacientes críticos ao implementar o método Kamishibai em sua Unidade de Terapia Intensiva (UTI). A ferramenta, inspirada em práticas japonesas de gestão da qualidade, visa reduzir infecções associadas à ventilação mecânica, como a Pneumonia Associada à Ventilação (PAV), e aprimorar padrões assistenciais.
Como funciona a estratégia
Desenvolvido originalmente para controle de processos industriais, o Kamishibai utiliza um quadro visual com cartões coloridos que mapeiam rotinas críticas de cuidado. Na UTI do HMS, a metodologia:
- Monitora em tempo real a adesão a protocolos de prevenção de infecções
- Facilita a identificação de desvios nas práticas assistenciais
- Promove correções ágeis por meio de feedback colaborativo entre as equipes
Preparação e metas
Antes da implantação, 120 profissionais – incluindo médicos, enfermeiros e fisioterapeutas – passaram por treinamentos para dominar a lógica do sistema. A meta é ambiciosa: reduzir em 30% os casos de infecções respiratórias até fevereiro de 2026, substituindo abordagens punitivas por um modelo baseado na melhoria contínua.
Sheila Mara de Oliveira, coordenadora do CCIH, ressalta os diferenciais:
"O Kamishibai transforma a gestão de riscos em um processo transparente. Cada cartão no quadro é um lembrete visual que engaja toda a equipe na prevenção. Não se trata apenas de fiscalizar, mas de criar uma cultura onde todos se responsabilizam pela segurança do paciente".
Impacto esperado
Além do objetivo quantitativo, o hospital busca:
- Padronizar procedimentos de higiene respiratória
- Reduzir tempo de internação na UTI
- Diminuir custos com antibioticoterapia prolongada
- Fortalecer a comunicação interdisciplinar
A iniciativa posiciona o HMS na vanguarda da gestão hospitalar preventiva, alinhando práticas assistenciais a metodologias reconhecidas internacionalmente para qualidade em saúde.
Informações: CCOM - Prefeitura de Santarém.